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Carolina Maria de Jesus é homenageada nos EUA e obras da escritora mineira ganham novas traduções para o inglês

Evento também comemora tradução das obras da autora de Sacramento (MG) para o inglês após 64 anos. Palestras ocorrem em Nova York e no Washington DC, nos E...

Carolina Maria de Jesus é homenageada nos EUA e obras da escritora mineira ganham novas traduções para o inglês
Carolina Maria de Jesus é homenageada nos EUA e obras da escritora mineira ganham novas traduções para o inglês (Foto: Reprodução)

Evento também comemora tradução das obras da autora de Sacramento (MG) para o inglês após 64 anos. Palestras ocorrem em Nova York e no Washington DC, nos Estados Unidos. Escritora Carolina Maria de Jesus, a Bitita, é homenageada em Nova York Mais de 64 anos após a última tradução para o inglês, obras da escritora mineira, de Sacramento, Carolina Maria de Jesus, a Bitita, vão ganhar novas traduções nos Estados Unidos. Em outubro, eventos vão homenageá-la nas cidades de Nova York e Washington DC. 🔔 Receba no WhatsApp as notícias do Triângulo e região Primeira mulher negra brasileira a vender um milhão de livros no mundo, a escritora vai ganhar um ciclo de debates. Em "Carolina - A Escritora do Brasil", quatro painéis vão reunir especialistas e admiradores entre 15 e 17 de outubro nas duas cidades americanas. A iniciativa acontece no ano em que se celebram os 110 anos de nascimento de Carolina Maria de Jesus. O debate conta com Vera Eunice — filha de Carolina e uma das personagens centrais do livro "Quarto de Despejo"— e Tom Farias, biógrafo de Carolina, jornalista, colunista e escritor. "A importância de levar Carolina Maria de Jesus para os Estados Unidos é simbólica. Nos anos 1960, por causa da tradução do best-seller "Quarto de Despejo", sua escrita passou a circular nos EUA. Agora, o objetivo é resgatá-la, no plano internacional, de onde ela nunca deveria ter saído", disse Tom Farias. Para o escritor, a presença de Carolina de Jesus em outras regiões também condiz com a luta antirracista, presente em ambos os países. "Carolina de Jesus, como mulher negra, oriunda do pós-escravidão, ou seja, descendente direta de pessoas covardemente escravizada do continente africano para o Brasil, é a melhor resposta para ser dada contra a supremacia do racismo —que grassa [espalha] tanto aqui como em terras estadunidenses", defendeu o escritor. O evento foi idealizado pelo grupo Mulheres na Escrita, que organizou a primeira feira do livro da Língua Portuguesa com foco em mulheres escritoras em Nova York, em 2019. O grupo promove a leitura e a escrita, estimulando que mais mulheres da lusofonia tirem seus textos das gavetas, dando voz às narrativas femininas. Para Vera Eunice, o convite do grupo é uma honra e uma oportunidade para tornar a obra da mãe mais conhecida. "É uma grande oportunidade que eu tenho para ressaltar a importância dela na literatura. Meu intuito é que outras Carolinas surjam e que possam alcançar a trajetória que Carolina Maria de Jesus alcançou. Quero mostrar que Carolina não é uma escritora de uma obra só. Só tenho a agradecer e esperar mais convites de outros países para levar Carolina para o mundo." Quem é Bitita Best-seller e autora, Carolina Maria de Jesus Divulgação Carolina Maria de Jesus (1914-1977) nasceu em Sacramento e é considerada uma das primeiras e mais destacadas escritoras negras do País. Ela é autora do livro best-seller autobiográfico “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada” e foi a primeira brasileira negra a vender mais de um milhão de cópias. Neta de escravos e filha de uma lavadeira analfabeta, Carolina cresceu em uma família com mais sete irmãos. 📲 Siga o g1 Triângulo no Instagram, Facebook e X VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas